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Resenha


Nesta resenha a obra a ser tratada é: “O que é leitura” da autoria de Maria Helena Martins. Esta nasceu em Porto Alegre, RS, na década de 50. Graduou-se no Instituto de Letras da UFRGS, onde lecionou Teoria e Crítica Literária e Literatura Brasileira. Mestre em literatura – juvenil, Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH/ SP. A mesma foi assessora do Projeto de Formação de leitores na Secretaria de Cultura de São Paulo, coordenou cursos, projetos e publicações sobre literatura e leitura. Principais obras: Agonia do heroísmo: contexto e trajetória de "Antônio Chimango" (L&PM, 1980), crônica de uma utopia: leitura e literatura infantil em trânsito. (Brasiliense, l989), Questões de linguagem. (Contexto, l991), Rumos da Crítica. (Itaú Cultural/SENAC, 2000), Enigmas da Leitura: lendo com analfabetos e iletrados. (Território das Artes. 2010) e organização da obra Perspectivas da Relação Médico-Paciente - 30 anos).

No capítulo primeiro e pagina 12, a autora diz que, “ninguém ensina ninguém a ler; o aprendizado é, em ultima instância, solitário, embora se desencadeie e se desenvolva na convivência com os outros e com o mundo”.

No segundo capitulo, ampliando a noção de leitura, a escritora diz que apesar de séculos de civilização, as coisas hoje não são muito diferentes. Muitos educadores não conseguiram superar a prática formalista e mecânica, enquanto para a maioria dos educandos aprender a ler se resume na decoreba de signos linguísticos, por mais que se doure a pílula com métodos sofisticados e supostamente desalienantes.

No capítulo terceiro, a autora diz que há três níveis básicos de leituras, os quais são possíveis de visualizar como níveis sensorial, emocional e racional. Cada um desses três níveis corresponde a um modo de aproximação ao objeto lido. Como a leitura é dinâmica e circunstanciada, esses três níveis são inter-relacionados, senão simultâneos, mesmo sendo um ou outro privilegiado, segundo a experiência, expectativas, necessidades e interesses do leitor e das condições do contexto geral em que se insere.

No primeiro capítulo, diz-se que ninguém ensina ninguém a ler. De fato, o aprendizado trata-se de um esforço e busca pessoal, partindo da consciência e do grau de importância que o conhecimento pode dar a uma pessoa. O conhecimento é ato de poder, quem tem, pode através dele galgar pelas ideias a novas descobertas. Mas se alguém não pode ensinar a outro a ler, poderá ao menos ser fonte de inspiração. Uma pessoa que cresce em um ambiente em que a leitura é pratica comum, é mais provável que ela adote a leitura do que outra pessoa que não tem convívio com o ato da leitura. Isso mostra que, o exemplo pode ajudar e motivar uma pessoa a aprender a ler, diz ainda que, o aprendizado é solitário. Sim, partindo do princípio em que cada pessoa gosta de um determinado assunto, mas isso pode ser diferente quando, mais de uma pessoa partilha o interesse pelo mesmo conteúdo, essa forma de conhecimento passa a ser partilhado.

No segundo capitulo Helena afirma que muitos educadores ainda não superaram o formalismo mecânico da decoreba. Isso é uma realidade palpável na nossa educação atual, seja por que os professores se sentem mal remunerados e preferem ficar no modo mais cômodo, seja pela indisposição em busca de pesquisas para aulas mais dinâmicas e criativas. Mas nem tudo na história de resolve tão rapidamente e essa realidade é um desses fatos. Mas sobre esse assunto se poderia formular questões que poderiam nos nortear para rumos diferentes: será que os professores estão tendo o suporte necessário intelectual para mudar esses hábitos? Como essas novas metodologias estão sendo aplicadas para os professores mudarem o método da decoreba? São apenas informações vagas que lhe chegam ao ouvido, ou são cursos intensivos com nova prática pedagógica, capaz de lhes convencer a mudar de método de ensino?

No capitulo terceiro nos é apresentado três níveis de leitura, segunda a autora, sendo os mesmos muito importantes para a interação com o texto. Sem sombras de dúvidas, esses três níveis de leitura são de suma importância para dialogarmos com o texto, e à medida que usamos esses níveis com mais intensidade, mais fundo vamos mergulha na leitura. Mas fica uma questão: esses níveis são naturais ou são apreendidos? Bom, se fossem naturais provavelmente todas as pessoas tinham mais facilidade em praticá-los. E se não são naturais, terão que ser apreendidos. Neste caso, terá que ensinar as crianças a usarem esses níveis de leitura, mas o grande problema é que, nem as escolas e nem as famílias estão preparadas para isso. Logo, surge um grande problema a ser solucionado.

Esta obra é endereçada para todos os educadores que buscam sempre inovar em sua metodologia de aula. É para os alunos que gostam de ler, pois por meio dessa obra irão descobrir técnicas muito eficientes para suas leituras. Enfim, esta obra é indicada também para os pais de famílias que gostam de uma boa leitura e que desejem também educar seus filhos, pois aprenderão vias muito eficiente para ensiná-los a lerem.


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